
É lamentável, mas, o que se percebe é que a sétima arte e todas as outras seis não tem importância alguma nessa nossa sociedade consumista, individualista e imediatista. Não se trata apenas dos jovens das periferias, pior é a histórica e perene indigência cultural que se verifica junto as elites e a classe média. Basta verificar as conversas, hábitos e gostos dos nossos jovens nas redes sociais, boates/barzinhos, escolas, universidades - consumo, vaidade e ostentação em profusão pronunciadas na primeira pessoa do singular. Vivemos a época gloriosa da internet e da tecnologia que nos permite interagir e vislumbrar o mundo! E assim constatamos por meio de pesquisas recentes que somos os campeões em utilização de "redes sociais", "jogos virtuais", sites de pedofilia e pornografia na rede!
Atualmente a democracia de mercado proclama a primazia e o postulado do consumo equivalente - ou superior - a cidadania. Inauguramos o século XXI entre os cinco países com o maior numero de analfabetos, porem, temos mais telefones celulares do que habitantes e pagamos as maiores tarifas e taxas em telefonia e internet do mundo. Somos ainda o 53º colocado em um ranking de 65 países que mede o nível de conhecimentos em matemática, literatura e ciências dos nossos estudantes do ensino médio e fundamental - PISA / OCDE 2010. Estamos a época da internet, da comunicação em tempo real em que tudo deve ser over e todos full time. É o apogeu do surrado "time is money", época em que a informação também deve ser fast e por isso falta "tempo" e, sobretudo, paciência para "perder" trinta minutos com um livro ou duas horas com um filme. Não vou entrar nos meandros da história ou da política para explicar ou justificar toda essa situação, o objetivo mais do que compreender é transformar. Evidente que não se transforma sem a devida compreensão, contudo, o foco aqui é outro; não é pensar, antes agir e, nesse sentido, penso que a primeira ação deve ser elevar o nível - da educação, da cultura, da crítica, do debate, das iniciativas, politicas e projetos sociais. Explico. Em 2006 conheci um fotografo, um ativista social e um ator/rapper no RJ - Mauricio Hora, Cristiano Magalhẽs e Thogun - que pensavam as ações sociais a partir do ponto de vista das comunidades - seus interesses, valores, demandas, etc - e não daquilo que eles ou as instituições julgavam conveniente para eles - muito menos o mercado. A periferia possui sua própria linguagem ou expressão, é fato, mas, isso não significa que se deve restringir-lhes o acesso - por preconceito, ignorância, indolência ou indiferença - a outras formas de expressões artísticas/culturais. Fato é que não interessa aos donos do poder e nem a burguesia intelectualoide que o lumpen ou o sub-lumpen se emancipem, antes continuem dependentes e agradecidos. E aqueles que não pensam assim, como os camaradas citados, devem enfrentar o escárnio, o desprezo e a soberba dos proprietários do capital ou dos sócios-saqueadores do fundo publico. Para finalizar, é bom que se diga, "a liberdade e à vida, só faz jus quem tem que conquistá-las diariamente." (Goethe)
Atualmente a democracia de mercado proclama a primazia e o postulado do consumo equivalente - ou superior - a cidadania. Inauguramos o século XXI entre os cinco países com o maior numero de analfabetos, porem, temos mais telefones celulares do que habitantes e pagamos as maiores tarifas e taxas em telefonia e internet do mundo. Somos ainda o 53º colocado em um ranking de 65 países que mede o nível de conhecimentos em matemática, literatura e ciências dos nossos estudantes do ensino médio e fundamental - PISA / OCDE 2010. Estamos a época da internet, da comunicação em tempo real em que tudo deve ser over e todos full time. É o apogeu do surrado "time is money", época em que a informação também deve ser fast e por isso falta "tempo" e, sobretudo, paciência para "perder" trinta minutos com um livro ou duas horas com um filme. Não vou entrar nos meandros da história ou da política para explicar ou justificar toda essa situação, o objetivo mais do que compreender é transformar. Evidente que não se transforma sem a devida compreensão, contudo, o foco aqui é outro; não é pensar, antes agir e, nesse sentido, penso que a primeira ação deve ser elevar o nível - da educação, da cultura, da crítica, do debate, das iniciativas, politicas e projetos sociais. Explico. Em 2006 conheci um fotografo, um ativista social e um ator/rapper no RJ - Mauricio Hora, Cristiano Magalhẽs e Thogun - que pensavam as ações sociais a partir do ponto de vista das comunidades - seus interesses, valores, demandas, etc - e não daquilo que eles ou as instituições julgavam conveniente para eles - muito menos o mercado. A periferia possui sua própria linguagem ou expressão, é fato, mas, isso não significa que se deve restringir-lhes o acesso - por preconceito, ignorância, indolência ou indiferença - a outras formas de expressões artísticas/culturais. Fato é que não interessa aos donos do poder e nem a burguesia intelectualoide que o lumpen ou o sub-lumpen se emancipem, antes continuem dependentes e agradecidos. E aqueles que não pensam assim, como os camaradas citados, devem enfrentar o escárnio, o desprezo e a soberba dos proprietários do capital ou dos sócios-saqueadores do fundo publico. Para finalizar, é bom que se diga, "a liberdade e à vida, só faz jus quem tem que conquistá-las diariamente." (Goethe)
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