quinta-feira, 7 de julho de 2011
As pedras no caminho
Que nos dizem as ruas?
Elas dizem muito.
O silencio daqueles sem voz fala.
Eu já estive nelas.
Um senhor que usa uma Montblanc.
Vestido de terno e gravata.
Apóia-se em leis, tratados, decretos, teorias, números.
Confronta a trágica, miserável, infeliz e fatal realidade.
Sua ignorância e preconceito só não são maiores que a sua arrogância.
Essa espécie de gente é que irá nos salvar?
Essa espécie de gente acostumada a enxergar a realidade por cima ou através de livros?
Gente que tem pena, raiva, desprezo ou repulsa?
Que ignora o que seja frio, medo, fome, raiva, angustia, dor ou desespero?
Em qual Doutor você acredita? Naquele que leu ou no que escreveu?
Será o político ou o homem de fé? O do martelo, da cruz, da arma, ou o da caneta?
Nenhum ouve as ruas. Nenhum conhece elas. Nenhum frequenta ou as frequentou.
Uma coisa eu sei: só se transforma aquilo que se conhece. Apenas se arrepende aquele que compreende o mal que fez. Só o amor nos faz melhor e nos faz fazer melhor. Só posso amar aquilo que conheço. Não creio que esses senhores conheçam ou amem, portanto, que sejam capazes de transformar a realidade que é o vicio. E isso não se aprende em livros. Simples assim!
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Livros,não ensina a amar,isso se dá quando se tem. A maioria das pessoas só olham para o lado quando uma lamina entra rasgando suas entranhas.Os engravatados só fazem,mediocrizar a pátria mãe,que de gentil não tem nada.Estamos jogados a própria sorte.A esperança que tenho,é o do mais sublime sentimento materno,o de ser integralmente mãe.Acredito só no meu amor inauferível e nada mais.
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