sexta-feira, 17 de abril de 2015

Menina

Francisco Goya.
Eu luto contra a vida.
Aquela que é-nos cara e querida.
Que nos escapa arredia.
Encanta as noites vazias e sombrias.
Ansiosa de luz e alegria.
Saudade infinita que sufoca e fatiga.
Agora enquanto reflito na vigília, tenho os olhos fugidios e as mãos frias.
Todos os sonhos do mundo cabem no peito.
Infinitos como o pensamento e o firmamento.
Irradiam, cintilam, ofuscam, voam, dissipam.
Jazem no leito do tempo.
Que passa indiferente a memória, aos homens e a eternidade.
Como o vento que varre a terra e a vida.
Como a existência que nos consome a carne.
Como o amor que dilacera a alma....





2 comentários:

  1. Mario, estou levando este ´poema para publicar na nossa coletânea "Empreendedores Poéticos", está certo? Abraços

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    1. Perdoe a demora na resposta amigo! Obrigado! Grande abraço!

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