segunda-feira, 4 de julho de 2011

Afronta


Eu sou aquele homem da rua.
Aquele que luta pela vida.
Eu sou aquele que os dias engolem.
Em sua caminhada infinda.
O meu repouso é a fadiga.
O meu sono é um torpor.
Eu sou aquele que sonha.
Os sonhos dos que não dormem.
Que é esse homem sem razão, sem ambições, sem nada?
Que apenas existe. Que sobrevive e ri?
Existem homens feitos para a derrota.
Eu quero a vida porque a morte é certa.
Eu sou aquele que perturba.
Que afronta a queda.
Que pode o pó, sopro de vida?
Tudo é nada diante do infinito.
E o tempo é a vida.
E o tempo ignora o homem.
E tudo passa na vida.
E sobra apenas o pó e nada.
Acaba antes quem não luta, não vive, não morre.

2 comentários:

  1. Meu filho é dependente químico,achei interessante seu blog.É corajosa sua exposição,e sei que serve como ajuda,mostrando o antes e o depois,sabe:Eu jamais desistirei de lutar,pois o que nus move é a esperança,sem ela ficaremos dependentes da inércia e intoxicados pela escravidão.--Maldita pedra no caminho de meu filho!

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