Já não mais digo coisa alguma sobre os filhos.
Apenas contemplo as crianças.
Agradeço pela graça que me é concedida.
Já não sei mais como ela é ou está.
Já não a vejo e nem a tenho.
Ela apenas me ouve e eu ouço-a.
Não nos pertencemos naquilo que somos.
Que sou eu para ela?
Que importa aquilo que diz a letra morta da lei ou o que pensam e falam?
Já não sei mais o que é nem ouço ou penso sobre o que dizem.
Já não especulo mais sobre os filhos, os pais ou as crianças.
Apenas sei e muito mal sobre a ausência e a tristeza.
Por isso contemplo a vida e dou graças as pequenas criaturas que nos concedem paz e amor.
Por isso invejo, sonho, amo e odeio a esperança, a felicidade, a vida e a miséria do mundo.
Por isso nada sei sobre ela e os homens.
Por isso lagrimas substituem palavras.
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