terça-feira, 3 de dezembro de 2013

O caminho.

Já não sou aquele de outrora.
Me afasto e a saudade se aproxima.
O tempo se esvai, esgota, exaure.
Porque enquanto as palavras não bastam e se bastarão (?) perco-me entre os descaminhos e ranger de dentes, ilusões e desilusões, sonhos e pesadelos.
Porque enquanto o silencio acalenta o sono, perturba a vigília, atormenta o sereno desassossego.
Porque já não sou aquele de outrora, já não vislumbro a cálida aurora e me olvido a esperança.
Sim! Há algo de insano na verdade, de virtuoso na fraqueza, de grandeza na insensatez.
Por isso acolho a sombra, celebro a tristeza, acompanho a solidão.
Porque já não sou aquele de outrora e talvez nunca fui ou jamais serei.
E apenas sigo enquanto houver caminho.

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