Quase é o tempo entre algo e nada. É o tempo em que os pensamentos voam e os sonhos repousam - adormecem, arrefecem, renascem. No quase a vida se arrasta, esvai, escapa. Quase é o tempo indefinido que não foi e está, não será e permanece. Quase é a sombra que acompanha os desvalidos e derrotados. Quase é um arremedo de ilusão, um espectro que ronda, o avesso que assombra os bem sucedidos homens de bem! Quase é o continuum infinitivo, o eterno porvir, o será ad aeternum. O sonho perturbador, a certeza perene, a duvida que espreita. Quase é um homem qualquer na história. Quase sou eu. Quase é um país. Aquele dos homens que labutam, sonham, lutam e tombam. O meu país.
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