terça-feira, 16 de junho de 2020

Homenagem à minha terra.



Sou o homem do pó;
Fumaça e fuligem.
Da terra da névoa e vertigem.
Do aço frio e do fogo sombrio.
Do progresso e do porvir;
Inexoráveis e idílicos.
Enquanto eu sobrevivia;
A morte pavimentava os caminhos da miséria;
E o futuro ampliava o horizonte da civilização;
De bárbaros ávidos por fronteiras e monumentos;
Emolumentos sobre terras encharcadas de suor e sangue.
Eu cresci admirando bandeiras e conquistadores.
Enquanto meus antepassados moribundos ornamentavam a aurora do ocaso.
Sou o filho da terra de homens descalços e despidos de humanidade, cuja honra é sobreviver e cultivar pó, fumo e fuligem...

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