quarta-feira, 25 de maio de 2011

Direitos humanos e civilidade


Brasil hoje. Latifúndio e devastação ambiental com correntes e tratores. Defesa do meio ambiente e assassinato de ambientalistas e educadores. Onze anos depois jornalista assassino confesso é preso – especialistas afirmam que não passará dois anos preso. Policiais que assassinaram “por engano” menino no Rio de Janeiro são inocentados – o carro em que estava recebeu 17 disparos. Homicídios no transito, maus tratos diversos contra seres humanos e animais, crimes ambientais, corrupção, improbidade administrativa, enriquecimento e favorecimento ilícitos, trafico de influencia, fraudes diversas, desvios de conduta e recursos são impunes. Analfabetismo funcional, sucateamento da saúde, educação e segurança publicas. Tudo isso 23 anos após a Carta Cidadã, após 21 anos de ECA, entre outras incontáveis leis e estatutos. Entre incontáveis estudos, comissões, instituições e o incontestável fortalecimento e incremento do Judiciário. Fecha-se os olhos diante desse quadro e buscam-se acessórios, de modo a melhorar a imagem do país por meio de perfumarias, como por exemplo, uma cartilha contra a homofobia nas escolas a despeito da falência da educação publica - antes as consequências que a causa?! Parlamentares que ignoram essa situação e proclamam-se os defensores dos direitos humanos barganham prestigio e status em seu nome. Produzem cruzadas e polêmicas moralizantes. Insultam nossa inteligência e bom senso, achincalham a política, jogam para a platéia. Silenciando sobre os impactos moralizantes na sociedade daqueles que multiplicam por 20 seu patrimônio em 4 anos. Porque a noção de direitos humanos que se tem no Brasil ainda é restrita e limitada. Porque as minorias e os interesses individuais devem ter primazia sobre as diversas mazelas e misérias humanas e sociais que grassam e envergonham o Brasil. Nada contra o amor, demonstrações de afeto, sexualidade, promiscuidades ou putarias, ao contrário! Que o tempo das crianças, porem, ao menos seja preservado. Que a realidade e o bom senso prevaleçam sobre os desejos e os caprichos. Eis o nível de civilidade que estamos e chegamos no século XXI. As vitimas as lágrimas e o nosso compromisso com a memoria e a luta.

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