Plena de vazio.
Algo de
sinistro, suave, puro e delicado.
Sombrio.
As sombras.
O mistério. O medo.
O homem não
é mais do que um vulto que vaga.
Nas horas
mortas.
Um moribundo
piedoso.
Um hiato de
silêncio e ausência.
Um sopro
errante.
Um quase que
não foi, não é e nem será.
A eterna
expectativa e temor.
A grande
mentira e indulgencia.
O medo, o frio,
o silêncio, o pulso, os sonhos, devaneios, angustias e a calma.
Que a noite
seja serena aos esquecidos pela luz.
Que a sua paz
recaia sobre os abandonados pela vida.
No
firmamento as estrelas se movimentam. Os pensamentos voam com elas. Os pés
fincados a terra. E o homem é um grande nada no vazio do mundo, alienado de si,
alheio a existência.
E abençoado seja o seu coração que não lhe pertence.
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