O
inferno é o indefinível. Múltiplo, difuso, incompreensível, insensível, intangível. É das coisas comuns. Anda pelas ruas, ao lado de gente simples que
sorri e cumprimenta. Eu desvio o olhar, evito os caminhos, esbarro nos becos.
Dissimulo o medo, sorrio, afronto-o cheio de temor. Ele sorri e se insinua. Simpático,
inocente, carrega a graça da maternidade. E a morte é solidária, trágica,
lenta, estúpida, impotente e infalível. As ruas e os sonhos lhe pertencem....
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